Quem realmente sabe o que significa “eu te amo”?Hoje em dia “te amo” virou “bom dia”, uma forma de moeda que se usa pra conseguir o que quer... um troco que se dá pra compensar um feito ou até mesmo o sacrifício de alguém.“Te amo” virou “olá”, “oi” ou qualquer coisa cotidiana que se diz sem sequer sentir.Pior que a gente sempre cai... vibramos quando ouvimos e neste “ te amo” depositamos todos os nosso sonhos, toda nossa vontade de ser feliz, de amar e ser amado.Triste porque “te amo” depois e um beijo pode ser facilmente trocado por “ mais uma” ( no caso de se tratar de um Don Juan),ou por palhaça, ou ainda por qualquer palavra sem sentido no momento porque é exatamente assim que ta sendo dito o “eu te amo”.Mas isso justifica muita coisa, como os términos de namoro repentino onde sua amiga te liga chorando e diz “ele dizia que me amava”, agora ela precisa entender que cada “te amo” dele era só letras disponibilizadas na ordem certa, formando algo que pra gente se torna grandioso, mas que pra eles não...ela precisa entender que eles falam automaticamente porque isso é senha para que deixemos entrar em nossa vida e fazer parte dela... definitivamente precisamos de uma senha melhor.Um dia eles ouviram essas mesmas palavras, a pessoa dizia como se fosse nada, e eles sentiram a dor terrível que isso causa, aí seguem a regra (criada por eles!) se endurecem, deixam de ser sentimentais e saem por aí “ vingando”, como se todas as mulheres do mundo fossem a mesma, aquela que não deu valor, que esnobou, que não quis...fazem uma inocente chorar e se sentem campeões porque eles não choram mais.Enfim, depois de ler isso, algumas vão falar que tenho toda razão, outras que sou muito radical (elas ainda acreditam que “te amo” seja doce)... talvez você passe a interpretar melhor os “ te amo” que escuta ou se você costuma falar, espero que procure pensar duas, três vezes antes e não dizer se não tiver sentido, se não tiver sentimento...vamos dizer não à banalização do amor, vamos acabar com essa onda de amores mal resolvidos e mágoas gigantescas.
Irene Tiraboschi
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