dezembro 23, 2007

Lápide


Hoje eu estava lendo uma revista e vi na última página uma dessas entrevistas com jogos de frases.
Interessante perguntar o que gostaria que colocasse na sua lápide, fiquei com isso na mente e depois vi que perguntaram o que queria ouvir de Deus quando chegasse ao céu.
Coisas que ficaram martelando no pensamento.
Natal, não gosto dessa data e jamais escondi, acho triste, sei lá, penso demais em coisas que nem deveria.
Eu não gosto e talvez coloque isso na minha lápide: “alguém que amava a vida e odiava o natal”
Talvez ainda fique como nos filmes: “amada filha e mãe”, talvez “ amada filha,mãe e amiga”
Talvez não mais que isso, acho que não vou esperar mais o príncipe encantado ou amor,ele que me encontre!!!
Bom, então minha lápide ficará “amada filha, mãe e amiga, que amava a vida, odiava o natal e cansou de esperar o amor”.
É uma pergunta estranha, mas bem que passei o dia pensando nisso.
Não que vá morrer agora, mas sei lá, isso ainda tá na minha cabeça, assim como o que gostaria de ouvir de Deus.
Pensou chegar no céu, recepcionada por Ele e ouvir Suas Palavras?
“ E aí Irene!!!”
Acho que queria que quando eu chegasse lá, Ele me dissesse: “com todos os obstáculos e crueldade do seu destino, você venceu!!!”
Eu acho que Ele olha muito por mim e deve estar orgulhoso por me ver resistir a tantas tempestades e tornados.
“E aí Irene!!!Com todos os obstáculos e crueldade do seu destino, você venceu e Eu estou orgulhoso!!!”
Essa seria minha frase, a frase que quero ouvir quando chegar lá e talvez coloque isso na minha lápide:
“amada filha, mãe e amiga, que amava a vida, odiava o natal,cansou de esperar o amor e venceu todos os obstáculos e crueldade de seu destino”

That´s all!!!


Irene Tiraboschi
(Direitos Reservados)

dezembro 17, 2007

one day, one room*

Interessante se acharmos que a vida é uma sucessão de acontecimentos e estes são como salas, e você só poderá sair quando resolver a questão daquela sala, naquele dia.(*House MD – season 3).

Eu acho que estou sem sala agora... como se estivesse, então, num corredor, esperando ver qual sala entrar... espero que seja ampla , arejada e cheia de móveis coloridos com plantas ornamentais e flores, muitas flores...

Música boa essa (The Who - Baba o´Riley) ... eu gosto da parte que diz que não precisa lutar pra provar que está certo e isso está certo... eu não precisei lutar... mas ainda sim fiz um péssimo jogo porque demorei a perceber o lance do time adversário ou minhas pedras no jogo de dama estavam fora de jogadas esquematizadas... eu não sei porque tem gente que vive nessa coisa de não saber se casa ou se compra uma bicicleta (talvez eu precisasse de uma bicicleta, mas vou ter que “caminhar sozinha sobre a alameda”)... também não entendo porque tem gente que nos envolve num novelo de idéias mirabolantes e depois com a cara mais lavada diz para você não pedir detalhes ou não explica bem o sentido das idéias ou te dá o fio da meada, mas não é porque não quer ou pode, mas sim porque não sabe... infelizmente tem gente que denomino de pseudo – formada, parece adulto, mas é uma criança disfarçada... vida cruel!!!

So.... I just thinking about it!!!

Enfim, se a vida é cruel eu não posso mudá-la porque a vida não volta (o que é uma pena porque se voltasse, meus caros... )

Tenho que estudar por dois grandes motivos: meu futuro e meu sonho.

Talvez escreva menos (ou mais ?)... talvez eu volte antes do anoitecer para dizer sobre o mundo ou quando amanhecer para falar do meu sonho... quem sabe?!!

Eu volto...

dezembro 15, 2007

Mairiporã

Ás vezes,a gente precisa de um tempo pra pensar,andar por aí , sentir a brisa no rosto, chutar as pedras pelo caminho.
Ás vezes é bom voltar no lugar onde esteve e achou que estava feliz,rever as mesmas pessoas, refazer alguns caminhos, dormir o dia todo novamente e olhar novamente a mesma serra, pela mesma janela, só que desta vez com os olhos da realidade, da dor causada pela ignorância, da certeza de que há pessoas sem um fio de sensibilidade.
Ás vezes é bom juntar tudo que guardou de um momento, de um tempo.
Reler, rever,redefinir e depois disso descartar: cada sorriso, cada olhar,cada mensagem,cada falsa imagem do que nunca existiu.
Ás vezes é bom tudo queimar e deixar que o vento leve a fuligem pelo ar tão puro que chega a sufocar.
Entrar no carro, parar de chorar, secar as lágrimas, respirar e sair dali.
Pelo retrovisor olhar para garantir que tudo ficou para trás: o amor, as mentiras,a dor e este esquecível lugar, que achei que fosse morar .

Irene Tiraboschi
(direitos reservados)