um chá na xícara
mãos trêmulas
lágrima fria no chá quente
lágrima que cai pela dor da gente
um cobertor
falta de cor
sereno amigo
fica comigo
cheiro de hortelã no meu chá de lágrimas
gosto de lágrimas no meu chá de hortelã
pensamentos insanos
doces enganos
versos sem rimas
nada me anima
vontade de chorar
um grito por dentro
um grande lamento
vejo pela janela o vestígio do dia
lembro de todos meus poucos momentos de alegria
hora de me despedir dessa vida fria
chá de lágrimas no chão
caco de xícara na mão
e o ultimo ecoar de um pobre coração
Irene Tiraboschi
© direitos reservados
( inspirada por uma música e a tristeza aparente da história de uma madrugada confusa com alguém que estava ainda mais perdido)
( inspirada por uma música e a tristeza aparente da história de uma madrugada confusa com alguém que estava ainda mais perdido)