Outra vez eu vi o “te amo” virar ofensas e de repente, tudo aquilo que era maravilhoso em você passa a ser defeito.
As máscaras sempre caem, diz a maioria das canções, só que ainda nos surpreendemos.
Geralmente nos chocamos quando “o amor da nossa vida” diz que não nos amava, nos chocamos quando percebemos que o telefone não atende mais ou que o Messenger nunca fica on.
Nos chocamos quando alguém que dizia ter orgulho de nós, acha que nosso trabalho é perda de tempo.
Quando o amor vira ódio, as palavras se tornam amargas e frias.
Engraçado é que, como todo relacionamento, começa diferente, tem a sensação de que agora você encontrou alguém que te completa ou que te entenda e depois, como se fosse regra, esse sentimento segue um padrão e acaba da mesma forma.
Engraçado como que a pessoa que magoa é também a que falhou e que não respeitou aquilo que foi combinado com o olhar e a emoção do primeiro beijo.
As máscaras sempre caem e todo relacionamento é igual.
Amanhã é outro dia, você acaba amadurecendo a idéia e por fim arquiva a dor.
Ontem quem era sua vida, passa a ser apenas uma pessoa que passou por ela.
Amanhã, você conhecerá outras tantas e uma delas poderá encantar seu coração.
E até que o fim aconteça, você poderá acreditar que dessa vez será diferente e , se tiver sorte, quando menos esperar, verá que foi mesmo, que dessa vez deu certo e por certo, não estará sofrendo.
O nome disso é esperança, o sentimento que sobreviveu a curiosidade de Pandora, o mesmo que te ajuda a superar quando descobre que quem te odeia, nunca soube te amar.
Irene Tiraboschi
(direitos reservados)
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