Um dia,
a menina achou que poderia viver sob a luz do sol
achou que a vida fosse uma delícia
achou que um desenho pudesse ser real.
Apenas uma menina.
Um dia,
essa menina achou que poderia abraçar o mar
surfar na onda da felicidade
correr pelas ruas de uma grande cidade
e caminhar no parque quando fosse primavera.
Um dia,
essa menina leu “O Pequeno Príncipe”
saiu espalhando aos quatro ventos
/que seria responsável por aqueles que cativasse
cobrou da rosa reciprocidade pela redoma de proteção
/ criada no mundo da informação.
Um dia,
essa menina rasgou seu diário
jogou fora um livro sobre verdade
fez uma viagem até o pôr-do-sol
e respirou ar puro da crueldade.
Um dia,
essa menina olhou para trás,
olhou com dó todas as suas feridas
tomou o café mais infeliz de sua vida
e desejou bom dia aos que deveria ter amado.
Um dia,
a menina se despediu do travesseiro
ouviu a música do coração
guardou as mágoas no baú do veleiro,
leu “Amor de Perdição”.
Um dia,
a menina disse aos ursinhos que ia parar de chorar,
que suas lágrimas não iam mais ver
e como se fossem gente de verdade
pediu que cada um tentasse entender.
Um dia,
a menina subiu a serra da saudade,
seu sangue em brasa
seus sonhos em vão,
ela queria resgatar sua personalidade
queria lembrar aquela velha canção.
Um dia,
a menina olhou a foto de seus amigos
/e sem que cada um escutasse, pediu perdão.
a menina achou que poderia viver sob a luz do sol
achou que a vida fosse uma delícia
achou que um desenho pudesse ser real.
Apenas uma menina.
Um dia,
essa menina achou que poderia abraçar o mar
surfar na onda da felicidade
correr pelas ruas de uma grande cidade
e caminhar no parque quando fosse primavera.
Um dia,
essa menina leu “O Pequeno Príncipe”
saiu espalhando aos quatro ventos
/que seria responsável por aqueles que cativasse
cobrou da rosa reciprocidade pela redoma de proteção
/ criada no mundo da informação.
Um dia,
essa menina rasgou seu diário
jogou fora um livro sobre verdade
fez uma viagem até o pôr-do-sol
e respirou ar puro da crueldade.
Um dia,
essa menina olhou para trás,
olhou com dó todas as suas feridas
tomou o café mais infeliz de sua vida
e desejou bom dia aos que deveria ter amado.
Um dia,
a menina se despediu do travesseiro
ouviu a música do coração
guardou as mágoas no baú do veleiro,
leu “Amor de Perdição”.
Um dia,
a menina disse aos ursinhos que ia parar de chorar,
que suas lágrimas não iam mais ver
e como se fossem gente de verdade
pediu que cada um tentasse entender.
Um dia,
a menina subiu a serra da saudade,
seu sangue em brasa
seus sonhos em vão,
ela queria resgatar sua personalidade
queria lembrar aquela velha canção.
Um dia,
a menina olhou a foto de seus amigos
/e sem que cada um escutasse, pediu perdão.
Pensou nos seus pais, avós e irmãos.
Desejou que o futuro fosse bom aos frutos
e que os frutos fossem bons.
Um dia,
a menina olhou para o céu e naquela hora passava um avião
e, como uma folha de papel,
se desfez ao molhar-se nas bolhas de sabão.
Agora a menina é menina dos olhos seus,
talvez um sonho bobo de verão.
Alguém para quem você não disse adeus.
Alguém que quando entrou no mar, só queria encontrar o chão.
Irene Tiraboschi
(direitos reservados)
Desejou que o futuro fosse bom aos frutos
e que os frutos fossem bons.
Um dia,
a menina olhou para o céu e naquela hora passava um avião
e, como uma folha de papel,
se desfez ao molhar-se nas bolhas de sabão.
Agora a menina é menina dos olhos seus,
talvez um sonho bobo de verão.
Alguém para quem você não disse adeus.
Alguém que quando entrou no mar, só queria encontrar o chão.
Irene Tiraboschi
(direitos reservados)